domingo, 28 de outubro de 2012

28 de Outubro

A luz foi embora. Está tudo escuro. No momento, encontro-me frente ao computador observando minha lista de músicas. Meu estado de espírito está influenciando fortemente minhas escolhas sonoras. Sinto-me apático, sem expressão. Se fosse possível uma representação minha através de um emoticon, seriam apenas os olhos necessários. Olhinhos miúdos e apertados frente à tela branca do monitor. Está escuro aqui (a não ser pela luz verde do celular que pisca indicando alguma notificação), e estou pensando. Pensando nos últimos dias, em tudo o que tem acontecido. Minha capacidade de escrever poesias foi abalada, sinto informar aos meus leitores (se é que ainda tenho algum). 

Estou triste no momento. As vezes acontece. Alguns se sentem incomodados pelo meu silêncio. Mas sinto que ele é o único que pode expressar meu instante. Enquanto escrevo, penso nas palavras que digito para algum navegador desavisado que aportará nesse pedaço de terra sombrio. Provavelmente eu não as lerei novamente. Não tenho esse hábito. Não revisei esse texto. Troquei apenas alguns vocábulos, para não deixar que o conjunto parecesse pobre gramaticalmente. Embora não tenha o domínio sobre a língua que meus amigos possuem - os letrados e formados pela universidade -, acredito que seja um texto bom. Nesse exato momento, estou ouvindo Feist, com sua "Caught a Long Wind". Sinto que estou andando em círculos, não conseguindo transmitir informação alguma. Talvez não seja esse meu objetivo. Talvez queira apenas escrever para me esvaziar de minhas dores, angústias e pensamentos. Aos que lerem, peço que não me enviem comentários, caso sejam positivos. Não saberia lidar com eles por hora. Aos que não gostarem, por favor, expressem-os no espaço abaixo. Talvez eu não os veja (algo muito provável), porque estarei um tempo sem visitar esse lugar. Tenho muitas poesias antigas espalhadas pelo meu caderno e nos "bits & bytes" da máquina de onde digito. Provavelmente, você, querido leitor imaginário, não lerá nunca. Antes que tenha acesso a tal conteúdo, colocarei meus espaços em uma fogueira, de modo que tais palavras sejam queimadas e tornem-se apenas lembranças fragmentadas.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Oito palavras

Palavras não bastam.
Olhares apaixonados.
Intenso, profundo.
Real.

( )


Oh meu amor, não me abandone hoje.
Pegue uma bebida e venha deitar-se aqui comigo.
Assistindo filmes velhos, nada pode nos abalar.
Você é minha garota e eu sou seu homem.
Te protejo e te dou minha devoção.

Os dias felizes voltaram
e posso sorrir novamente.

Nos amamos sob a luz da lua,
vendo as estrelas
colidindo com os planetas
esperando pelo sol.

O amor acontece quando menos esperamos
e assim nos surpreende.
Nascer, crescer, crescer, viver.
Nunca morrer.
Eterno, efêmero.
Infinito enquanto durar, em toda a sua plenitude.