sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Tempestade

E queria que suas palavras fossem mais uma breve tempestade, dessas de verão.
O céu fechou, Maria! Corre pra tirar a roupa do varal!
Os primeiros pingos começam a cair, já podemos ouvir o trem ao longe.
As nuvens se armam, o vento sopra mais forte.

E a chuva cai. Torrencialmente.
Está a lavar a grama.
Maria, você esqueceu uma peça de roupa!
Vamos ter que lava-la de novo, poxa...

Chove chuva, chove sem parar.
Lava minha alma das impurezas e deixa em mim apenas aquilo que é bom.
Apenas aquilo que trará meu amor de volta pros meus braços.
Pro calor do meu peito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário