Enquanto estava aqui ouvindo Lana nessa tarde nublada de feriado, estava pensando: o que leva as pessoas a manterem contato e se relacionar? Relacionamento esse de qualquer ordem, seja ela carnal ou espiritual. Por que se relacionar? Há realmente a necessidade?
Não estou aqui querendo demonstrar embasamento científico (não tive tempo para ler artigos que me ajudassem a formular ideias mais complexas), tampouco encontrar as causas para o afastamento entre duas ou mais pessoas.
Enxergo o relacionamento como uma grade: dois ou mais fios de aço se entrelaçando. Cada nó é um ponto em comum entre as partes. E assim como elas se juntam em determinado momento, se separam unindo-se em seguida a novos fios, formando assim uma rede. Esses pontos seriam a área de contato entre as pessoas, o lugar onde podem se abrir, mostrar opiniões e defende-las, chegando a uma conclusão. O resto seria onde não há comunhão de ideias, onde falam línguas diferentes, tornando impossível a comunicação. Cada vez mais afastados, buscam novos elos.
As cordas se unem, se separam, unem-se novamente e pra longe vão uma vez mais. No fim, quando desatadas, encontram-se marcadas e envelhecidas. Não são mais fortes como antes, agora estando acomodadas em suas posições primárias, moldadas à força. Ziguezagueantes, quebradiças, frágeis.
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