O dia em que o mundo não acabou. Maias, vocês estavam errados. Ou não... Ainda temos 22 horas até o fim do dia e muita coisa pode acontecer, mas não é esse o foco do texto.
O fim. O fim, em si. O que é o fim? Não é possível definir, atribuir valores ou significados. Fim de que, de quem, com quem, quando... Não importa: O fim é relativo. Do mundo então, mais ainda! Depende do que você chama de mundo e o que é o fim desse mundo, qual a sua extensão; geralmente criamos algo limitado, finito. Não estamos acostumados com a ideia da eternidade. Para uns, a perda do emprego. Outros enxergam no fim de um amor o "encerramento de todas as coisas". Cada um perde o chão a sua maneira, vê os meteoritos incandescentes caindo do céu e a lava emergindo de dentro da terra. Seu apocalipse particular: é algo interessante a se pensar, partindo do princípio que sua cacofonia infernal pode ser personalizada de maneira única.
A comoção ante a cena, o fato de estar atado em relação aos acontecimentos, sendo eles independentes da sua vontade... A impotência nunca foi tão bela! E o que vem depois? Angústia.
Nada além disso. Essa pergunta mortal. O depois... depois... não há nada! Ou há? Dúvidas que não serão respondidas. Não agora. Talvez no próximo fim de mundo: geral ou específico; quando o céu cair sobre nossas cabeças e o sol se tornar uma gigante vermelha, engolindo nosso pequeno planeta, deixando este, para trás, apenas um pequeno rastro de lítio na superfície do astro-rei.
E os nossos sonhos e expectativas? Absorvidos junto. Misturados a massa. Unos.
Todos os dias o mundo acaba e o fim chega. Nós que não percebemos.
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