O amor leva ao sofrimento.
Seria essa uma afirmação preconceituosa acerca de tal sentimento? Para uns, sim. Os mais entusiasmados com o sentimento podem enxergar por outra ótica, mas no fundo todos concordam que o amor nos torna vulneráveis. Baixamos a guarda e nos tornamos mais propensos a sermos atingidos pelas emoções, sejam elas boas ou ruins.
O amor nos torna sensíveis ao gosto alheio e a adaptação.
Quando estamos envolvidos em alguma relação, observamos o mundo de outra maneira, em função da outra pessoa, eu diria. Levamos em conta os gostos, as preferências. Há todo um conjunto de fatores que, de uma hora para a outra, passam a importar. Nós também, começamos a analisar que aquilo não é algo ruim. Deixamos de ser nós mesmos e absorvemos as características de quem está conosco. Há uma mistura, é como se nos tornássemos um. Em casos mais extremos, adquirimos manias, trejeitos... Muito intensa essa tal de convivência!
O amor nos faz idiotas.
Nos tornamos alienados ao que acontece ao nosso redor, e isso é arriscado. Todos percebem. O que fazer nesses casos? Tentar manter o controle? Ele já foi perdido faz tempo... Desde o primeiro "oi", a primeira batida forte do coração. Pois é. Isso ainda acontece.
O amor nos leva a mergulhar fundo.
Pulamos de cabeça nessa piscina chamada relacionamento. Não subimos pra respirar, não é necessário. Infelizmente, em alguns casos ela é rasa o suficiente para nos machucar. Pode haver traumatismos, fraturas... Dói.
O amor é perigoso.
Ele nos faz abandonar crenças antigas. Nossos ideais, cada uma das vezes em que dissemos "não me apaixonarei novamente...". Ele bate na nossa cara. Não o faz de leve. E diz: "Lá vamos nós de novo!" (Ele é o mais empolgado nessa história toda). Nos levantamos para cair de novo. Ou não caímos.
Sinceramente, ainda tenho dentro de mim a crença no amor verdadeiro e duradouro. O que as pessoas de hoje consideram utopia, eu considero possibilidade.
Posso até estar começando a mergulhar fundo nesse momento. Posso estar sendo apressado. Estou um pouco inseguro. Mas sinto que há a possibilidade. Talvez esteja enganado. Talvez esteja me enganando. Mas não vou deixar de acreditar nisso.
Desejo de todo o meu coração que minha montanha russa se transforme numa Autobahn alemã.
Todos dirigindo a 320km/h.
E sem pensar em parar.
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