sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Telefone

Oi, eu te liguei hoje. E sim, você me atendeu de uma maneira estranha. E sim, você cumpriu o prometido, retornando quando disse. E não, você não veio conversar comigo. Você está procurando manter distância. E sim, isso dói. E muito. Sei que está tentando colar seus cacos, mas eu também preciso cuidar dos meus. Eu usei super bonder, aquela cola forte. Mas a minha é a base de chocolate e fotografias panorâmicas do campus que mais gosto da faculdade. Sabe, eu tô tentando me aproximar o quanto posso de você, mas isso só tá te afastando mais. E tá doendo. E muito. Eu me sinto frustrado toda vez que ouço um não seu. Não vou te ver, não tô afim. Mas não quero ouvir um não, eu não te amo. Sei que você ainda sente esse amor por mim. Esse amor que dói no seu peito, que dói no meu peito. E é complicado. Mas é lindo.

É isso.

(Desliga o telefone)

Tempestade

E queria que suas palavras fossem mais uma breve tempestade, dessas de verão.
O céu fechou, Maria! Corre pra tirar a roupa do varal!
Os primeiros pingos começam a cair, já podemos ouvir o trem ao longe.
As nuvens se armam, o vento sopra mais forte.

E a chuva cai. Torrencialmente.
Está a lavar a grama.
Maria, você esqueceu uma peça de roupa!
Vamos ter que lava-la de novo, poxa...

Chove chuva, chove sem parar.
Lava minha alma das impurezas e deixa em mim apenas aquilo que é bom.
Apenas aquilo que trará meu amor de volta pros meus braços.
Pro calor do meu peito.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Gatos

Enquanto você tomava banho hoje, fiquei na sala, mexendo no celular e admirando seus gatos. Estão bem grandes, né? Até que Meow (ou Mill... Nunca saberei a resposta dessa pergunta) não engordou muito depois da castração. Ele está a cada dia mais fofo! E a pequena (não tão pequena mais) Tetê? Está finalmente mostrando as garras e tomando conta da casa.

Enquanto você me dizia: -Ei, me espere!, eu os admirava. E aprendia com eles. Lembra-se de como eles ficaram quando se conheceram? Meow tornou-se completamente agressivo e estranho à pessoas. Ela queria se aproximar, mas ele não permitia. E agora, com o passar dos dias, ele foi se acalmando e ficando mais receptivo à presença dela. Uma graça esses dois.

Enquanto você se dirige para o trabalho, eu escrevo esse texto. E penso: Será que não estamos nos comportando como eles? Ou será que poderíamos aprender com eles? Será que adversidades não apareceram e nos fizeram esquecer o motivo por estarmos realmente juntos? Será que uma hora não veremos que tudo passa e só o que é bom permanece? Talvez essas perguntas nunca recebam a resposta merecida, mas enfim...

Tetê está roçando na minha perna. Provavelmente está marcando território.

domingo, 17 de novembro de 2013

Sorte

Não jogo dados.
Mas acredito na sorte.
Não sei jogar buraco, pôquer ou qualquer jogo de cartas.
Mas sei que de vez em quando ela sorri pra gente.
E quando o faz, sorrimos de volta.

A sorte está perto de mim.

sábado, 16 de novembro de 2013

O Silêncio da Montanha

As vezes a montanha se cala. As vezes, o silêncio é tudo que temos. O vento sopra através das escarpas e toca seu rosto. Geralmente esses lugares são frios, são altos. O ar é rarefeito, você tem dificuldade de respirar. Se sentir enjoado é normal. Devemos tomar cuidado, senão podemos cair. Então sentamos no chão. Sentimos mais uma vez o vento soprar. Ele fala conosco. É no silêncio da montanha que ouvimos a voz dela. Tudo o que precisa ser dito é falado. Você se sente regenerado, puro. É reconfortante estar ali, naquele ambiente. Se há a presença de Deus? Não sei. Não posso afirmar que ele existe, mas sinto paz. E tranquilidade.

As vezes, o silêncio da montanha é tudo o que precisamos. Nos esforçamos para subir, enfrentamos as adversidades do caminho, as encostas íngremes, todo o processo. Mas chegamos lá em cima. E vemos que não foi em vão. A vista é linda, você consegue ter a comunhão consigo mesmo, algo tão necessário hoje em dia. 

É preciso, as vezes subir montanhas. É preciso enfrentar seus medos. Sempre. É preciso lutar contra os sentimentos ruins. É preciso passar pelos maus momentos para valorizar os bons. É preciso continuar caminhando, porque agora que você subiu, tem que descer.

Estou descendo da montanha. Quero viver a vida e aplicar tudo que aprendi.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sensibilidade

Aproveito-me das canções lentas e tristes nesse momento. Porque elas me arrepiam.
Aproveito-me de sua companhia nesse momento. Porque só você pode partir meu coração.
Só você tem esse direito. Só você saberia faze-lo com uma delicadeza ímpar.
Depois disso, eu juntaria todos os cacos e colocaria numa caixinha.
E guardaria, para sempre, pertinho de mim.
Bem perto mesmo.

Talvez colocasse sobre meu piano, ou sobre a cômoda.
Poderia colocar em cima da vitrola da sala, porque lá, cada música saberia ler cada pedaço.
Seria mágico, seria perfeito, seria lindo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ai amor.

As vezes eu acho que é demais.
Eu cobro demais.
Eu exijo demais.
Eu forço demais pra parecer bonito.

E é por forçar e exigir que o amor fica feio.
Fica frouxo,
Fica mole
e rançoso.

Eu quero remendar pra dar certo.
Vou costurar,
Vou refazer,
Me esforçar
sem me arrepender.

E eu acho que consigo fazer dar certo.

domingo, 12 de maio de 2013

Declaração

A verdade é que não consigo controlar.
Essa minha vontade de te ver,
de te ter,
de te ouvir e sentir.
Essa vontade estranha de querer estar ao seu lado em todo momento,
sabendo o que pensa,
sentindo o que o aflige,
sofrendo suas dores e celebrando suas vitórias.

A verdade é que não consigo medir palavras.
Eu me derramo em elogios,
em declarações cheias de pompa,
rebuscadas,
recheadas de belas palavras.
Não consigo não dizer,
não chegar até você e mostrar tudo o que significa para mim.

Ainda que as vezes não ouça uma resposta.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Confiança

Imagine que estamos sobre uma tábua.
Estamos na beira de um penhasco.
Eu em uma ponta,
você em outra.

O meu equilíbrio e sustentação é dado pelo seu peso.
Você está em terra,
eu, no ar.
Sobre o precipício.

Eu escolhi ir,
você escolheu ficar.
Seu peso me apoia e me salva do fim.
Não venha me encontrar.

"Por que você pede isso?", você me pergunta.
E eu respondo: "Pra que eu não caia."
Espere que eu vá até onde você está.

Confie em mim,
eu confio em você.

Poema Fantasma

Vejo a névoa pairando sobre a cidade.
O frio estranho,
o gelo cortando.
Ouço vozes com som metálico ao longe rindo.
Estou andando pelas ruas de madrugada.

Ninguém pode me defender.

Corro para casa,
todas as ruas se parecem iguais.
O medo me toma,
A noite está embaçada.

Cheiros estranhos me intoxicam,
A cada curva uma nova esperança desfeita.
Corro dos fantasmas,
mas não há salvação para mim.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Amor (Pela terceira ou quarta vez)

Amor.
Hoje, agora.
Demonstrado, falado.
Carinho, afeto.
Cumplicidade!

Junto, separado.
Nunca sozinho!
O amor não é cego.
Apenas enxergamos por uma ótica diferente.

Você se pergunta:
"Você ainda vai me amar amanhã de manhã"?
Ou quando eu não for mais jovem ou bonito?
E eu respondo:
"Para todo o sempre".

Ainda que o céu esteja cheio de nuvens negras,
voaremos para além delas.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Apagador Voador

Imagina a cena:

Com ar condicionado.
Frio, gelado; não faz diferença.
Incomoda!
Sem ar condicionado.
Quente, morno; não faz diferença.
Incomoda!

Tensão.

Gritos, correria. Tumulto, ânimos exaltados.
Pap Smear tocando como tema de fundo.
Os alunos se preparam, terá briga.
O que fazer, quem vou pegar?
Tá na hora de tomar uma decisão.

Vamos apagar a luz!

Colocando um filme; efeito contrário.
Paz? Não. Guerra!
Mais gritos, mais exaltação.
Calma pessoal!
Temos que chegar vivos até o fim dessa aula!

E no fim, quando todos se acalmaram, eu me perguntei:
o que fazer, como lidar?
Quem sabe eles não precisem apenas de um apagador-voador batendo em suas cabeças,
Refazendo suas ideias?

terça-feira, 9 de abril de 2013

Explosão ( um texto sobre escrever)

Boom.

Escreva Vinícius, escreva. Ainda que seja uma da manhã e seus braços tenham se tornado pesados de repente. Escreva, ainda que a Dido que toca nos seus fones tente te acalmar em vão. Escreva, ainda que os erros venham ficando para trás. Escreva, ainda que sinta choques nas pontas dos dedos. Escreva, ainda que pareça possuído  Escreva, escreva. Escreva mais, repita palavras, inspire-se em Fiona Apple de algum modo. Acorde seu amor. Diga para ele que o ama, ainda que seja uma ou cinco da manhã, não importa. Uma e cinco, no caso.

Escreva mais um pouco, antes de apenas parar e ler o que acabou de sair. Aproveite o momento, a explosão que está acontecendo. Aproveite a possessão, o momento permite. Aproveite cada letra que sai, deixe que as pessoas esperem um pouco. Não é muito.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Arranhão

Pois bem.
Veja.
Todos esses arranhões,
esses veios de sangue em minha pele.
Bicolor ardente.
Queima como fogo quando se molha.
Paradoxo?
Dói.
Por que fiz isso?
Por que sangrar, eu me pergunto.
Agora, restam-me as marcas
e as lembranças.
Frustração eliminada.

domingo, 31 de março de 2013

Coração

Vá coração.
Pra perto de quem gosta de mim.
Pra quem me ama.
Pra quem me quer bem.

Voe coração.
Acima das nuvens.
Entre as estrelas.
Não vá muito perto do sol pra não se queimar.

Desça coração.
Cuidado com o pouso!
Não se machuque na aterrizagem,
você é o único que tenho.

É coração.
Você saltou de meu peito,
rasgou minha pele
me fez um buraco.

Só pra se juntar a outro coração.


sábado, 30 de março de 2013

Sensoria

Sensoria
senso
ria.
Do que?
apenas ria.
faça-o mais uma vez,
mas tome ar.
Inspire,
Expire.
Inspire-expire.
espirre.
inspire-se
inspire-me.
inspira aos outros.

sorria mais uma vez.

José

José e um menino.
Baixinho, bonito, esperto e inteligente.
Ele gosta de praia, do sol, das ondas...
Ele fica mais pro fundo que qualquer outro!
Ele me chamou uma vez pra ir até lá com ele, mas hesitei.

José gosta de filmes (cult).
Me sinto bobo perto dele, com minha cultura mainstream
(se é que posso chamar isso de cultura)
Ele me mostra várias coisas que são boas,
e aos poucos vou aprendendo mais sobre.

José tem um talento especial pra me fazer sorrir.
Até quando estou triste ou aborrecido, ele consegue me arrancar um sorriso
ou gargalhada!
Eu adoro as gargalhadas que solto em função dele.
São tão gostosas e bonitas...

José é um cara paciente.
Mais paciente que qualquer um que já conheci.
José, outras pessoas já teriam pulado do barco!
Mas você toma a vela, segura o timão e consegue controlar a embarcação,
nesse mar chamado existência.

José tem um "quê" de muso inspirador.
Ele me inspira há uns bons dias...
Nem sei quantos textos já escrevi sobre ele,
mas acho que essa é a primeira vez que falo isso abertamente.

José me completa.
Nós aprendemos que devemos ser felizes sozinhos, pois só assim somos completos.
Pode até ser uma verdade isso, mas não sigo-a.

José me disse uma vez pra procurar outras paixões, pois a dele não é a única.
Estou procurando.
Ma ele sempre será a maior de todas.

Dia de Chuva

Tá chovendo.

E muito! As janelas estão até molhadas. É como se fossem lágrimas de um tempo tristonho, cinza. No rádio toca Rome, uma trilha sonora sobre trilhas sonoras. O frio chega devagar, embaça as vidraças aos poucos. A luz está fraca, parece que a lâmpada vai queimar. Eu estou deitado na cama, enquanto escrevo essas palavras. Olho pela janela, vejo algumas pessoas e penso: estão se molhando. Elas devem estar sentindo frio. Devem estar cansadas. Devem estar com sono. E eu? Eu estou aqui, no calor, no sossego, debaixo do edredom no meu aconchego.

Elas estão vivendo.

terça-feira, 19 de março de 2013

Outono

O verão acabou.
O sol já está indo. Fique!
Ele não me ouve.
Pois bem: que venham os outros dias,
a outra estação.
Outono da alma, do espírito.
Dos santos e das folhas que ficam amarelas e caem.
Sopre o vento que pela as árvores.
Tinja a paisagem com seus tons dourado-opacos, oh natureza!
Prepare a vida para seu próximo capítulo:
inverno.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Loucura

Todo dia a loucura bate em minha porta.
Tem dias em que ela me abraça e me agarra,
e juntos sentamos no sofá para ver televisão e comer pipoca.

Tem dias em que vamos pra cozinha e fazemos brigadeiro.
Comemos sobre meu corpo, estendido sobre a mesa.

Algumas vezes vamos para o banheiro:
mergulhamos na banheira cheia de sangue.

Alguns dias, esses são os melhores:
Sentamos juntos na mureta da varanda...
Ela me diz: pula!
mas eu penso e não faço.
Então só conversamos.

Uma vez ela me ajudou a limpar a bagunça da minha mente,
Nas outras, ela me ajudou a bagunçar.

Ela já me inspirou algumas vezes.
E me desesperou em outras muitas.

E eu desesperei as pessoas.

Hoje eu não quis vê-la, portanto, nem abri a porta.

Formiga

Formiga.

Barata de Noite

Quando eu escrevo textos estranhos, eu me sinto a Fiona Apple em "Extraordinary Machine": Não sei o porque de tal associação. Acho que é pelo fato dela jogar a letra na música, ou porque me lembra um programa de culinária. Eu sei, não há nexo nisso, não há nexo em nada do que foi escrito!

As vezes eu escrevo apenas por escrever. Apenas pra não ficar parado. Apenas pelo prazer de digitar, ou ouvir meus dedos baterem nas teclas do teclado. Vez ou outra insiro um pouco de poesia em minhas linhas, sendo estas representadas por palavras bonitas, de boa sonoridade ou leitura. Vez ou outra, insiro humor barato também (pois é isso o que tenho para oferecer). 

Vez ou outra, vez por outra, vez e outra. Outras vezes...

Fazia tempo que não fazia isso. Não me importo se o texto parecer pobre por usar duas vezes a mesma palavra na mesma frase, como acabou de acontecer duas vezes seguidas!

Agora, eu não entendo: Por que escolhi o nome de "Barata da Noite" se de barata (de barato eu sei que tem) o texto não tem nada?

Acho que vou escovar meus dentes. De novo.

Barata de Dia

Hoje a tarde vi uma barata andando pela rua. Uma barata de dia. Algo que eu nunca tinha visto (ou não me lembro de te-lo feito anteriormente). Chovia. E uma barata andava em plena luz do dia (aparentemente sem medo de que alguém a matasse). Eu não iria mata-la, porque tenho medo de baratas -admito: as voadoras me assustam, me deixam e pânico-. Cheguei em casa molhado. A água secou em meu corpo.

Banho? Só tomei mais tarde. Enquanto isso, pensava, navegava, jogava minha vida fora em algo não-produtivo. Nada de bem para a humanidade ou descoberta fantástica (se bem que a segunda colocação por consequência pertence a primeira). Tentei estudar, mas não consegui. Tentei comer chocolate, mas não consegui. Apenas um bombom. Saudades dos tempos de criança! Tentei ler, mas também não deu.

Vim assistir a um filme. Tento desde ontem. Ele está pausado aqui, em 3 minutos e 48 segundos. Tentei me logar nas minhas contas com a luz apagada, mas não deu.

Merda, errei minha senha do blog.

Pelo menos descobri que "Id", do alemão "ele, isso", pertence à uma estrutura do modelo triádico do aparelho psíquico.

Ouvindo Feist então.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Marilyn

Está nublado.

Marilyn está sentada na sala.
Marilyn ouve Marilyn,
Assiste Sete dias Marilyn na TV,
e folheia revistas com Marilyn na capa.

Marilyn está louca?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Olhos Castanhos

Você me ouve. 
E me escuta. 
Porque, sim, são coisas diferentes. 
Você me olha, 
você me enxerga, 
você me vê.
Me vê com os olhos,
Me vê com as mãos, com os sorrisos.
Me vê com a boca...
Você me observa.
Eu adoro ser observado por ti.
Seus olhos castanhos,
vorazes,
devoradores,
invasivos.
Fico nu perante a eles.
Por dentro e por fora.
Seus braços,
sua boca.
Os abraços apertados,
as palavras que preciso ouvir.
Fujo do mundo quando estou contigo.
Fico vivo,
estou vivo!

Agora.

Com você.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Máquina de Escrever (Obrigação)

O título veio até mim dentro do CCBB, em frente a Livraria da Travessa. Na vitrine, tinha três máquinas de escrever. Pensei: que tal escrever meus textos numa delas e guardar depois? Queimo as pontas e parecerão velhos. Velhos não. Vintage, antigos ou coisa do tipo.

Eu descobri que não posso obrigar ninguém a falar. Não posso obrigar ninguém a escrever. Não posso obrigar as pessoas a serem meus amigos ou meus amores -meu amor-. Bem como não sou e não me obrigo a nada. Não me obrigo a falar, escrever, amar ou tratar bem. A pensar, sim. Na verdade, é mais forte do que eu; não posso controlar. Bem como minhas mudanças de humor. 

Mas tenho medo. Não medo dos outros. Medo pelos outros. Porque minha conduta pode machucar e eu não quero que ninguém se machuque. Por isso me obrigo a ser feliz e sorridente. Ainda que seja mentira.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Elas e Eu

Elas na varanda.
Eu no sofá.
Eu ouço Titãs.
Elas ouvem o som dos veículos na rua.
Estamos todos no escuro,
Mas elas dizem que estou mais.

No fundo,
Profundo,
Profano,
Errado.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

SMS

Se você me liga, eu me alegro.
Se você me escreve, eu desfaleço.
Se você canta pra mim, eu o amo.

Mas se escrevo, por que demora tanto a responder?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Comprando Estrelas

Diamantes brilham,
mas as estrelas brilham mais.
Nós fazemos o nosso próprio inferno,
mas eu quero construir o seu céu
-dê-me esse direito, peço-.

Toda a minha vida foi mergulhada em profunda escuridão,
mas agora eu vejo a luz.

Não quero me afastar dela.

E.V.O.L.

Parafraseando os diamantes,
copiando descaradamente suas batidas e letras
todo o seu exagero,
o seu desespero
o seu anseio
estou aqui
pra você.

com meu E.V.O.L. nas mãos,
o E.V.O.L. que um dia já esteve em meu peito.
Eu o arranquei pra você.
Ele será seu se quiser.
Se não, posso atirá-lo na frente de um caminhão,
De uma ponte
em um precipício
ou em qualquer lugar que você quiser.

Apenas mande.
Ou então, guarda-lo-ei pra você.
Porque sabe, eu te amo.

Ainda que não demonstre corretamente as vezes (leia-se: sempre).

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Fantasia


Vesti minha fantasia de vida.
Minhas roupas de sonho.
Aproximei-me  de você,
Calçado de céu.

As cores, os tons,
Os mil tons e nuances:
Cada um deles bem encaixado,
Cada um deles de acordo com nossa história.

E eu posso acreditar,
Você me fez -me faz- acreditar num futuro
Sem fantasias, sem sonhos.
Tudo é realidade.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Música

Eu sou alternativo,
mas você gosta do pop.
Eu me mostro as quatro da manhã
e você quer a toda hora.
Eu gosto de soul,
você de hip-hop.
Será que não entende minha batida?
Toque minhas notas,
sinta meus acordes.
Explore minhas notas e vibre com minhas ondas.
Vire-me do avesso -permita-me vira-lo também-.
Crie música comigo.
Crie acordes comigo.

A Conversa

Amigos.
Apenas.
Um pouco,
Um pouco de pena.
Um pouco amigos.
Amigos?
Pena.
Pouca pena,
Pouco pro pena.
É.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Teto.

A menina passou pra faculdade,
E a outra para o trabalho.
E eu, o que fiz?
Olhei pro teto e esperei.
O tempo passar,
o amor acabar...
Morrer.